E eu corri

 E eu corri, mais uma vez. Corri do sentimento, corri da vontade, corri do incerto. Corri do lobo que queria me mostrar algo que eu acreditei que não merecia naquela época. Fiquei com medo, pensando que seria mais uma pessoa pronta para me abandonar e te deixei sem resposta, apenas lá.

Depois de tanto afastar todos os que se aproximam por bem, mas confiar em quem tem intenções duvidosas, a gente vai aprendendo e amadurecendo aos poucos. É estranho pensar em como as coisas poderiam ser diferentes em dois anos. Se eu não tivesse aquele medo, aquela insegurança e fosse honesta contigo, as coisas entre nós seriam muito diferentes.

O lobo tentou me ajudar no meu pior momento. Ele queria juntar os pedaços despedaçados no chão que nem sabia que estavam lá. Tentou dar uma visão mais clara para a garota receosa que havia perdido a visão meses atrás e que, logo em seguida, derramou seu coração para alguém que não a merecia e a abandonou em questão de minutos.

Dois anos depois e eu me lembro de cada conversa, cada brincadeira, cada música – “Call Me, Call Me” ainda está nas mais ouvidas do meu Spotify –, de cada imagem engraçada que mandamos pois lembramos um do outro... Isso tudo significa muito para mim. Significa o mesmo para você?

Eu errei contigo, meu lobo. E é um dos meus maiores arrependimentos. Nem tenho coragem de dizer que sinto muito na sua frente. Talvez eu esteja escrevendo na esperança que você vai ler este texto e aceite minhas desculpas por ter te deixado observando a lua tendo uma esperança pois eu costumava flertar contigo.

Hoje eu percebo que, na verdade, eu não me importaria em viver correndo como a Julia, se meu destino final fosse feliz ao seu lado, diferente do final que ela teve com Spike. Ou, talvez, nosso final seja ficarmos separados.

Imagem: Pinterest
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