Subir até a superfície é difícil, mas vale a pena

Eu senti a água preenchendo meus pulmões lentamente. Pouco a pouco, até que eu não conseguisse mais respirar. Eu estava me afogando e não estava nem ao menos lutando contra isso. Qual era o sentido de lutar se no final vai dar tudo errado? Para quê insistir em tentar novamente, sabendo que nada vai mudar? Para que insistir, se a derrota é praticamente certa?

Fechei os olhos e deixei aquela sensação me dominar, até que lembrei que eu não sou alguém com o costume de desistir. Sigo lutando para tentar mudar o final. Tento novamente na esperança de que algo mude. Insisto para que a vitória chegue.

E com estes pensamentos, nadei. Nadei para a superfície, agarrando-me em uma força de vontade que não sabia que existia dentro de mim - ou sabia, só escondia muito bem. 

Então, depois de algum tempo, eu respirei. Ofegante, deixei o ar entrar. Enquanto meu corpo estava se recuperando, suspirei aliviada, eu estava me sentindo viva e pronta para me recuperar. Pronta para remendar as feridas e voltar a ser quem eu era - e, mais importante, quem eu sou

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